As centrais sindicais definiram, na última terça-feira (26), na sede do Dieese, em São Paulo, série de ações de comunicação e calendário de mobilizações contra o fim da Previdência Pública. Os sindicalistas também debateram os principais impactos da proposta de reforma do sistema de aposentadorias apresentada pelo governo. No portal da Agência Sindical
O presidente da CUT, Vagner Freitas, avaliou que a luta contra a proposta apresentada pelo governo Bolsonaro vai ser “uma guerra de comunicação”. “Precisamos esclarecer a população. É preciso ganhar a opinião pública. Temos que falar aos trabalhadores com uma linguagem direta. É preciso frisar: você vai perder a aposentadoria e seus direitos”, destacou.
Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, fez exposição sobre os principais impactos da PEC 6/19. Ele alertou que a desconstitucionalização da Previdência, ou seja, remeter para lei complementar a definição dos regimes previdenciários, “é um cheque em branco para o governo avançar rumo ao sistema de capitalização e a privatização” da Previdência Pública.
Mulher
Para Luiz Carlos Prates (Mancha), dirigente da CSP-Conlutas, o que é colocado pela análise técnica feita pelo Dieese, “mostra que o ataque é muito pior do que pensávamos”. Ele propôs transformar as comemorações do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, em grandes manifestações em defesa da aposentadoria.
“Temos que orientar as organizações dos movimentos populares, que tradicionalmente organizam grandes atos e mobilizações nesta data, a colocar o tema da reforma da Previdência como carro chefe das manifestações”, ressaltou Mancha.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), defendeu a realização do dia de lutas em 22 de março, com manifestações em todo o País, como forma de avançar na mobilização dos trabalhadores. “A proposta de greve geral tem de ser construída e muito bem elaborada. É preciso criar antes pauta única. Unificar os discursos”, afirmou.
Ações
Além de reforçar a presença do tema nas manifestações do 8 de março, pelo menos mais 2 datas para a realização de protestos ficaram definidas. O Dia Nacional de Lutas, em 22 de março; e um ato em frente à Superintendência do INSS em São Paulo, dia 29 de março, com passeata pelas ruas centrais da Capital.
Dieese
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos informou a publicação de Nota Técnica que esclarece o orienta a discussão em torno da proposta do governo. Mais 3 textos serão lançados na semana que vem, com detalhamentos sobre PEC do governo.
Ainda nesta semana, deve ficar pronto aplicativo, chamado de “Aposentômetro”, que compara como é hoje e como ficará a aposentadoria caso a reforma seja aprovada.
Agenda
Na quinta-feira (28), sindicalistas voltaram a se reunir, com assessoria de técnicos e jornalistas, para debater a produção das peças de divulgação.
Participaram do encontro no Dieese, em São Paulo, representantes da CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas, CGTB e Intersindical.
Agencia DIAP
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