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ATO DAS CENTRAIS EM BRASÍLIA

Centrais sindicais defendem auxílio de R$ 600 e proteção ao emprego

Centrais sindicais defendem auxílio de R$ 600 e proteção ao emprego

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Representantes de centrais sindicais entregaram hoje ao 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), a agenda legislativa 2021 com as pautas de interesse das entidades. Entre os temas prioritários, estão o aumento do auxílio emergencial para R$ 600 e a ampliação do BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda).

Hoje, cerca de 40 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade recebem o auxílio, que varia de R$ 150 (para quem mora sozinho) a R$ 375 (para mulheres chefes de família). Além do aumento no valor, as entidades também querem que o benefício alcance 70 milhões de pessoas.

Quanto ao BEm, as centrais pedem uma mudança no texto que tramita na Câmara para garantir a participação dos sindicatos na implementação de medidas, como a suspensão do contrato de trabalho ou a redução de jornada de trabalho. Elas ainda querem ampliar a compensação salarial e assegurar acordos e convenções coletivas.

As organizações também se posicionaram contra tramitação de algumas propostas no Congresso, como a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 32/20, que trata da reforma administrativa, e a MP (Medida Provisória) 1031/21, que autoriza a privatização da Eletrobras e já aprovada na Câmara. Ao receber o documento, Marcelo Ramos destacou que a Câmara precisa estar aberta a ouvir reivindicações das entidades representativas. Recebo-as democraticamente, e as ponderações feitas pelos sindicalistas vão fazer parte dos debates”, afirmou.

Agenda única

O documento foi assinado por CTB, CSB, NCST, Força Sindical, CUT, UGT, Pública, CGTB, Intersindical e CSP Conlutas, e define como prioridade para 2021 as medidas e projetos que estão relacionadas à proteção da vida, do emprego e da democracia. É a primeira vez que as centrais apresentam uma agenda única ao Legislativo.

“A perspectiva de uma estratégia de desenvolvimento para o país deve buscar a geração de emprego de qualidade e a distribuição de renda, uma economia na qual o incremento da produtividade esteja em sintonia com a sustentabilidade ambiental, com a qualidade de vida para todos, com a justiça social e com a inserção soberana na economia mundial”, defende o texto.

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

O presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou a iniciativa das centrais de entregar às lideranças e dirigentes do Parlamento a agenda legislativa da classe trabalhadora, oposta ao receituário neoliberal de Bolsonaro e Paulo Guedes.

“Ressaltamos a defesa dos Correios, da Eletrobras, a manutenção da água a serviço do povo e nas mãos do Estado”, apontou como um contraponto à política de “privatizações e desmonte, de entrega do capital nacional às mãos do imperialismo norte-americano. Basta de neocolonialismo”.

Araújo disse ainda que é preciso redobrar os esforços de comunicação do movimento sindical e das forças progressistas, especialmente nas redes sociais, com o objetivo de conscientizar e mobilizar a classe trabalhadora e a população contra os retrocessos sociais e a política genocida do governo, ampliando a campanha Fora Bolsonaro. “O Brasil já não comporta Bolsonaro!”

(Com Agência Câmara de Notícias e Portal da CTB)

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