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DIREITO DO TRABALHO

CTB debate na próxima quarta (24) decreto de Bolsonaro que aprofunda precarização da legislação trabalhista

CTB debate na próxima quarta (24) decreto de Bolsonaro que aprofunda precarização da legislação trabalhista

Adilson-Magnus-Bira-Umberto

A CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – promoverá na próxima quarta-feira (24), das 10h às 10h30, um debate sobre o Decreto 10854 com a participação do titular da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social (Conalis) do MPT, Ronaldo Lima dos Santos, e do advogado Magnus Farkatti.

Modernizar, simplificar e desburocratizar. Sob este velho e surrado pretexto o governo de Jair Bolsonaro acaba de anunciar uma nova medida contra a classe trabalhadora brasileira. Trata-se do Decreto 10854, publicado no dia 10 de dezembro, que reúne vários decretos e portarias num único texto, abrangendo temas como alimentação, fiscalização trabalhos e jornada de trabalho, entre outros.

O decretão revoga vários outros, o que aparentemente significa uma simplificação da legislação. Mas esta aparência sedutora embute mudanças profundamente nocivas para a classe trabalhadora, alerta o advogado Magnus Farkatti, assessor jurídico da CTB.

Entre outros retrocessos ele aponta o afrouxamento da fiscalização trabalhista nas empresas e a desregulamentação da jornada de trabalho, com a ampliação do controle patronal sobre o tempo de produção. Pretende-se com isto, na verdade, o aprofundamento da reforma trabalhista imposta após o golpe de Estado de 2016.

A reforma e o emprego

Modernizar, simplificar e desburocratizar também foram os bordões que embalaram a reforma trabalhista. O golpista Michel Temer e o ministro da Fazendo do seu funesto governo, Henrique Meirelles, anunciaram com pampas e farta cobertura na mídia hegemônica que a reforma, instituída em novembro de 2017, ia gerar pelo menos 6 milhões de novos empregos.

“Naquela época a taxa de desemprego calculada pelo IBGE era de 12%, hoje é de 14,1%”, comentou o assessor jurídico da CTB. Tudo o que se viu desde então foi o avanço da informalidade, da precarização e da subocupação no mercado de trabalho. A suposta modernização revelou-se, na realidade, um grande retrocesso.

“Bolsonaro abomina direitos trabalhistas”, observou o presidente da CTB, Adilson Araújo. “Está mais do que provado que a flexibilização e desregulamentação do Direito do Trabalho não gera emprego e nem desenvolvimento. Resulta, porém, em precarização e aumento da espoliação da classe trabalhadora”, complementou.

Na opinião do sindicalista, a precarização é contraproducente para a economia. “Reduz a produtividade do trabalho. Esta aumenta quando o trabalhador goza de boa saúde física e mental,

Araújo caracterizou o decreto como “um salvo contudo para os empresários”. Ubiraci Dantas, o Bira, vice-presidente da CTB, chamou atenção para os retrocessos no PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador), do qual algumas categorias foram subtraídas, e ressaltou que será preciso ampla unidade da classe trabalhadora para defender os direitos e conquistas sociais contra a ofensiva reacionária do governo.

Portal da CTB

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