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Fitmetal promove debate e lança revista especial no Fórum Social Mundial 2018

Fitmetal promove debate e lança revista especial no Fórum Social Mundial 2018

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A Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil) promove nesta quarta-feira (14), às 16 horas, o debate “A Indústria e as Perspectivas da Classe Trabalhadora – Resistência, Luta e Desenvolvimento”. A atividade integra a programação do Fórum Social Mundial (FSM) 2018 e ocorrerá no Campus Ondina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), em Salvador (BA).

Na ocasião, haverá o lançamento da revista especial “Indústria, Desenvolvimento e Trabalho” e do “Manifesto da Categoria Metalúrgica – Em Defesa da Reindustrialização e do Desenvolvimento do Brasil”.

Leia abaixo o editorial da revista “Indústria, Desenvolvimento e Trabalho”, assinado por Marcelino da Rocha, presidente da FITMETAL.

“Como dois e dois são cinco”

Por Marcelino da Rocha*

O Brasil, enfim, se livrou da recessão. Em março, o IBGE anunciou que o PIB cresceu 1% em 2017. Como era esperado, o governo Temer procurou dar pompa à notícia. “Entramos em 2018 com crescimento forte e sólido”, disse, em tom eufórico, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O próprio Michel Temer foi além: “Tudo tem sido crescimento no País”.

Só se for como na canção de Caetano Veloso, em que está “tudo certo como dois e dois são cinco”. Afora a agropecuária – que respondeu por 70% da recuperação do PIB –, os resultados preocupam. Embora a indústria de transformação tenha crescido 1,7%, o conjunto do setor secundário permanece em estagnação. Com fábricas e estaleiros ociosos, a categoria metalúrgica perdeu mais de 550 mil postos de trabalho desde 2013.

A gestão Temer sufoca ainda mais o setor produtivo, acentua a desindustrialização iniciada nos anos 1980 e desnacionaliza ado cada vez mais a economia. Ao abandonar projetos e grandes obras de infraestrutura, o governo paralisou a construção civil. A taxa de investimento, de apenas 15,6% do PIB, está no menor índice da série histórica, enquanto nações emergentes como Índia e China mantêm suas taxas entre 35% e 40%.

Sem indústria, não é possível viabilizar crescimento com desenvolvimento. O setor abre postos de trabalho diretos e indiretos, é a principal referência em emprego decente e produtos com valor agregado, impacta outros segmentos e dinamiza a economia como um todo. Não à toa, pré-candidatos da esquerda nas eleições presidenciais de 2018, como Ciro Gomes e Manuela D’Ávila, tratam essa pauta como prioridade máxima.

Com o objetivo de refletir sobre esse cenário e propor saídas, a FITMETAL promoveu em 2017 o Ciclo “Indústria e Desenvolvimento”. Nos debates – que se espalharam por dez estados –, ouvimos a opinião de 30 representantes dos meios acadêmicos, políticos, industriais e sindicais. Esta revista especial é fruto de tais discussões – e nossa contribuição a um debate que segue na ordem do dia.

Boa leitura. E fora, Temer!

* Marcelino da Rocha é presidente da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil)

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