A Direção Executiva da Fitmetal manifesta seu repúdio diante das primeiras medidas anunciadas pelo futuro presidente Jair Bolsonaro, a destacar:
– A extinção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);
– A fusão do Ministério da Indústria e Desenvolvimento com a Pasta da Fazenda;
– A escolha do juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça;
– A pressão para que a Reforma da Previdência seja aprovada ainda em 2018.
Em seu conjunto, as medidas já foram devidamente criticadas pelas centrais sindicais, por partidos políticos, economistas, analistas acadêmicos e também por entidades de classe ligadas à Justiça do Trabalho e à defesa da Previdência Social. No entanto, a Direção Executiva da Fitmetal gostaria de sublinhar alguns outros fatores, da mais alta relevância para a classe trabalhadora, em especial a categoria metalúrgica:
– O Fim do MTE sinaliza que os retrocessos que vieram à tona com a Reforma Trabalhista serão aprofundados durante o próximo mandato presidencial. A estrutura do Ministério, ainda que aquém daquela necessária para atender as demandas de todo o Brasil, é extremamente necessária para combater mazelas como o trabalho escravo e fiscalizar as mais complexas divergências na relação entre governos, patrões e trabalhadores. Além disso, o movimento sindical via no MTE um importante espaço para defender os direitos trabalhistas, condição que será colocada em xeque diante das medidas até então anunciadas;
– Ao fundir o Ministério da Indústria e Desenvolvimento à Fazenda, o novo presidente sinaliza que a necessária reindustrialização do Brasil não está, defintivamente, entre suas prioridades. Durante a campanha eleitoral esse cenário já estava claro, a despeito do apoio que dezenas de industriais concederam ao então candidato. A criação de novos empregos em setores como a Indústria Naval ou grandes investimentos em Ciência e Tecnologia não está na pauta de prioridades de Bolsonaro;
– Ao dotar de plenos poderes o novo ministro da Fazenda, um homem que é símbolo do rentismo e da cartilha neoliberal no novo governo, é nítido que a Reforma da Previdência que será colocada em discussão ainda em 2018 é prejudicial à maioria do povo, já que seu conteúdo será voltado a prejudicar a classe trabalhadora – e jamais os setores mais privilegiados como os militares, juízes e políticos.
A cada semana, fica mais nítida a necessidade de o movimento sindical se pautar pela unidade de ação para resistir à onda ultraliberal que chegará ao Palácio do Planalto a partir de janeiro. Temer iniciou parte do trabalho sujo, mas retrocessos ainda mais profundos serão implementados se a oposição ao novo governo não estiver organizada e disposta a lutar contra cada uma das políticas que vierem à tona.
Com Moro na Justiça, todos os movimentos populares serão constantemente intimidados pela ação Policial que certamente será direcionada aos movimentos sociais, aos sindicatos e aos partidos de esquerda. É preciso que cada um/a de nós tenha dimensão do que está por vir e esteja pronto/a para dar sua contribuição ao povo e à classe trabalhadora.
Temos a convicção de que estamos do lado certo da História e de que essa luta vale a pena. Vamos nos unir e nos fortalecer!
São Paulo, 9 de novembro de 2018
Direção Executiva da Fitmetal
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