A unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais e a construção da frente ampla foram fundamentais para êxito da vitória política eleitoral.
O novo ciclo inaugurado com a posse do presidente Lula em 1º de janeiro revela que não encontraremos facilidades frente à degradação do ambiente político, seja pela frágil correlação de forças que nos encontramos, seja pelo desmonte do Estado promovido durante o desgoverno Bolsonaro.
O diagnóstico por si só indica que, preservada a nossa autonomia e independência de governos e patrões, teremos a responsabilidade de lutar pela governabilidade do projeto que ajudamos eleger, ao tempo que reforçamos a unidade, a mobilização e a luta por mudanças emergenciais.
Um grande pacto com o povo e um pacto entre a produção e o trabalho sinalizam uma condição necessária para a retomada da reindustrialização do país. Essa tarefa demandará grande capacidade de articulação política, centralidade e atenção da nossa parte.
O momento nos cobra cautela. Não é de divisão, nem tão pouco de polarização entre nós. Precisamos atuar em conjunto para dar força ao programa de reconstrução e transformação do Brasil.
Essa é a tarefa fundamental para nos unirmos. Seguir a luta defendendo a unidade do movimento sindical enquanto empreendimento essencial para as mudanças que o país tanto necessita.
Temos que destinar centralidade e atenção ao novo projeto nacional de desenvolvimento, com foco na valorização do trabalho, defesa da democracia, soberania e direitos.
“Vale observar que no limite da instabilidade e insegurança que ainda vivemos, só nos resta um caminho: unidade, resistência e luta. […] A reconstrução nacional e a criação de condições para a concretização de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com democracia, soberania e valorização do trabalho, demandam uma grande mobilização e unidade das forças democráticas e populares para isolar a extrema direita, criar uma nova correlação de forças e reunir uma ampla frente política e social em apoio às mudanças, sob a liderança da classe trabalhadora”, reforça um trecho da Resolução Política da CTB de 9 de janeiro de 2022.
Adilson Araújo, presidente nacional da CTB
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