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GREVE GERAL 28A

Rodovia SP-340 é bloqueada por trabalhadores de Jaguariúna

Por volta das 4h da manhã no dia determinado pelas Centrais Sindicais e movimentos populares para as manifestações de repúdio e combate às Reformas Previdenciária e Trabalhista (Greve Geral de 28 de abril), centenas de trabalhadores e sindicalistas pararam a rodovia SP-340 (Adhemar de Barros), nas proximidades do pedágio, no bairro Tanquinho, em Jaguariúna. A manifestação foi mais uma das centenas que ocorreram no País, no intuito de combater as reformas defendidas pelo governo Temer, cujo único interesse é diminuir os direitos dos trabalhadores para atender à classe patronal no Brasil.

Representantes dos sindicatos dos Metalúrgicos de Jaguariúna e região, dos Químicos de Jaguariúna e região, dos Servidores Municipais de Jaguariúna e dos Ceramistas e Vidreiros de Pedreira se uniram para ampliar a manifestação conjunta contra as Reformas.

Os trabalhadores dirigiram-se da Praça da Matriz (no Centro de Jaguariúna) ainda na madrugada, à Rodovia em protesto, decididos a convencer os motoristas e passageiros dos veículos que se direcionavam à região a realizarem uma hora de protestos com seus veículos parados.

Antes que se ocupasse as pistas e o consequente bloqueio do fluxo de veículos, houve a chegada da Policia Militar Rodoviária. Com a apresentação de Liminar concedida à Concessionária da Rodovia,que estabelecia pesada multa a quem bloqueasse de modo violento a rodovia impedindo o fluxo dos veículos, os militantes justificaram que o movimento era pacifico e ordeiro, então ocuparam as duas pistas.

Por aproximadamente 1 hora o transito ficou parado. Parte por solidariedade dos motoristas que atenderam aos apelos que lhe foram feitos através de boletim impresso e entregue após a paralisação na rodovia, esclarecendo o caráter nefasto das Reformas.

Mais de uma centena de ônibus e diversos veículos transportando trabalhadores das empresas da região permaneceram no local. Apesar de uma grande maioria compactuar com a greve, o Governo conseguiu, na véspera do dia das manifestações, votar e aprovar na Câmara dos Deputados,o projeto que enterra anos e anos de conquistas dos Trabalhadores. Como se vivêssemos um filme de terror, voltaremos a situação do inicio do século XX, sem direitos e sem instrumentos como os sindicatos para nos defender.

Conforme explica José Francisco Salvino – Buiú, presidente do SindMetal, A jornada de lutas continuará pelos próximos dia. “Não nos calaremos e jamais aceitaremos calados e inertes que nos tirem os direitos duramente conquistados com anos de lutas pelos nossos antepassados e por nós em passado mais recente. Acompanharemos a mobilização das Centrais Sindicais, dos sindicatos de nossa região e com certeza vamos nos mobilizar e radicalizar nossas ações. Hoje paramos a rodovia, mas amanhã se for preciso e com o apoio dos trabalhadores de nossas bases pararemos as fábricas”, afirma convicto o presidente, apoiado pelos demais dirigentes sindicais.

Artigo: Joaquim Emiliano, assessor do SindMetal

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