“O capitalismo vive da miséria. Onde se tem mais desigualdade é onde a burguesia ganha mais dinheiro”, diz Jorge Pontes, da Fundacentro, no Seminário Nanotecnologia e a Indústria 4.0 e seus Reflexos na Saúde e Segurança do Trabalho, promovido pela Secretaria de Saúde e Segurança no Trabalho da CTB na manhã desta quinta-feira (24), na sede nacional da CTB em São Paulo.
Pontes foi um dos palestrantes para falar sobre a “Nanotecnologia e a Revolução 4.0”. Antes dele falou Arline Arcuri, também da Fundacentro, que explicou as especificações técnicas da nanotecnologia, as suas possiblidades de utilização e as consequências para a saúde das pessoas.
Na abertura, Eduardo Martinho Rodrigues, integrante do Fórum Nacional das Centrais Sindicais em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Wellington Guilherme e Ângela Garcia Martinez, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna, no interior de São Paulo e a diretora do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Daniele Moretti, saudaram a realização do evento e a necessidade de se fazer esse debate.
Adilson Araújo, presidente da CTB, fez uma explanação da conjuntura nacional e criticou a agenda ultraliberal que está transformando o Brasil em uma “terra arrasada”. Ele enfatizou a importância de se debater os efeitos das novas tecnologias no mundo do trabalho e na vida das pessoas.
“O movimento sindical está enfrentando essa conjuntura adversa e no chão de fábrica vendo a exclusão que a classe trabalhadora sofre com os avanços das novas tecnologias, por isso, precisamos entender esse movimento e encontrar saídas que beneficiem a vida de quem trabalha”, disse Araújo.
Já a secretária de Saúde, Elgiane Lago falou da importância da realização desse primeiro seminário de “um tema tão fundamental que afeta a vida de todo mundo para o bem e para o mal”, por isso, “os sindicalistas precisam saber o que essas tecnologias significam para a saúde da classe trabalhadora”.
Arcuri explicou que as nanopartículas têm as propriedades alteradas e que circulam em nosso organismo livremente, “sem depender da corrente sanguínea, então as consequências para a saúde das pessoas são imprevisíveis. Sabe-se que doenças têm sido transmitidas por causa do contato com nanopartículas”.
Pontes reforçou a necessidade de o movimento sindical compreender essas mudanças e atuar em defesa da saúde das trabalhadoras e trabalhadores. “Os trabalhadores têm que ser informados sobre a utilização de novas tecnologias, os efeitos sobre a sua saúde e como precaver-se”.
O seminário foi encerrado após um importante debate com muitas dúvidas suscitadas. Assim, “a CTB dá o pontapé inicial para aprimorar nossos conhecimentos sobre as mudanças acarretadas pela chamada Revolução 4.0 e o que devemos fazer para termos a vida e o trabalho preservados”, conclui Lago.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB
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