Os mais de 13 milhões de brasileiros desempregados e a estagnação econômica cada vez maior uniram entidades representantes dos trabalhadores e da classe patronal numa tentativa urgente de retomar o emprego e o desenvolvimento no País.
Na manhã da terça-feira (12), representantes dessas entidades, estiveram com Michel Temer e sua equipe de ministros para entregar um documento com propostas para a retomada do crédito, das milhões de obras públicas paralisadas, recuperação de passivos fiscais, entre outros. Na ocasião, empresários e sindicalistas teceram críticas à política econômica de Temer e cobraram atitude imediata do governo para solucionar a crise. “Nós temos alternativas e o governo tem que escutar”, disse o presidente da CTB, Adilson Araújo.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Jesus Cardoso, avaliou positivamente a unção de forças para salvar o País. “Este é o caminho para encontrar uma solução para este grave problema que nós estamos enfrentando – é a pior crise que já tivemos. Estamos num momento que a sociedade está sem rumo. Então, cabe às organizações que têm responsabilidade perante a Nação buscar um caminho, superar divergências e contradições, tanto as centrais sindicais e sindicatos, quanto as entidades patronais. Esse governo, mesmo não sendo legítimo, é o que temos aí. Esperamos encontrar um caminho salutar para devolver à população sua paz de espírito e o emprego, o mais rápido possível. Que isso não fique só no debate e converta em empregos e melhorias ao povo.”
“A união de setores divergentes demonstra convergência de interesses em prol do Brasil, reconhecendo a pior crise que se abateu em todo o mundo, em que só o setor rentista, no Brasil e no mundo, comemora recordes de lucros, em detrimento da produção do emprego e do desenvolvimento”, afirmou Marcelino da Rocha, presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal).
Para o representante dos trabalhadores portuários do Brasil, Mário Teixeira, “as sugestões colocadas à mesa pelas centrais e entidades empresariais são relevantes. Mas seu êxito depende de efetivo empenho de diversos segmentos do governo”.
“Acredito que a conversa entre as centrais e as entidades patronais estão em sintonia. As empresas precisam se restabelecer, os trabalhadores precisam trabalhar, mas só irá funcionar se o governo nos levar a sério e estiver de fato preocupado com o povo brasileiro”, argumentou Cristiane Marcolino, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis (RJ).
De Brasília, Ruth Helena de Souza – Portal CTB
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