Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicados nesta quarta (19), mostram que a inflação chegou a seu maior patamar em 28 anos. A pesquisa mostra que, desde o início do Plano Real, a população nunca pagou tão caro para colocar comida à mesa.
Esse cenário, além de revelar a luta para garantir a sobrevivência, deixa claro que, com a explosão dos preços dos alimentos, duas variáveis também devem ter avançado: a insegurança alimentar (quando alguém não consegue consumir as calorias diárias necessárias) ou mesmo a redução do número de refeições por dia.
De acordo com os dados do IPCA, publicados pela Folha de São Paulo, o que mais pesou na cesta de alimentos foi o grupo alimentação e bebidas, que acumularam uma inflação de 9,54%, de janeiro a setembro. A pesquisa revela que essa foi a maior alta para os nove primeiros meses do ano em quase três décadas, uma alta de 915,08%.
Esse cenário é igual ao período que o Brasil ainda vivia o reflexo da hiperinflação.
Essa explosão da inflação se soma à brutal desvalorização dos salários e, em muitos casos, à redução substancial deles. E quem mais sente esse efeito são os mais pobres, visto que a alimentação consome uma fatia maior do orçamento dessas famílias na comparação com faixas de renda mais elevadas.
Com informações da Folha de São Paulo
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