Trabalhadores da Flextronics (Jaguariúna) sofreram um grave acidente no final do dia 13 de agosto, a caminho do trabalho em um ônibus fretado pela empresa. O acidente se deu entre o ônibus da LiraBus que os transportava e uma carreta deixando uma pessoa morta e 22 feridas. A tragédia aconteceu na Rodovia Governador Adhemar de Barros, mais conhecida como Campinas-Mogi, em Campinas, próximo à polícia rodoviária do km 120.
O ônibus bateu na traseira de uma carreta que estava carregada de produtos de limpeza. A frente do ônibus entrou, cerca de um metro, na traseira do caminhão. O motorista do ônibus morreu na hora. Os 22 feridos estavam no ônibus e foram levados para hospitais da região. Duas pessoas tiveram ferimentos mais consideráveis e foram encaminhados para o Hospital de Clinicas da Unicamp e para o Mário Gatti.
O impacto da batida foi tão forte que pedaços do ônibus ficaram espalhados pela rodovia. A parte da frente do ônibus ficou presa na traseira da carreta e, o caminhão chegou a arrastar o ônibus após a batida por cerca de 100 metros. O motorista do caminhão conseguiu parar o veículo no acostamento.
“É uma subida e o caminhão estava com uma carga e com uma velocidade moderada. Só agora o trabalho da perícia para desvendar o que aconteceu realmente”, afirmou o sargento da Polícia Militar Rodoviária Anderson Rodolfo de Souza.
Para retirar parte das vítimas os bombeiros tiveram que quebrar a janela do ônibus por onde retiraram as pessoas. Os passageiros são funcionários de uma empresa em Jaguariúna e estavam indo para o trabalho. “Algumas pessoas quando chegamos já havia saído do veículo, outras ainda estavam retidas em razão da colisão. Duas vítimas tinham lesões consideráveis e fraturas e foram socorridas para a Unicamp e Hospital Mário Gatti”, afirmou o tenente do Corpo de Bombeiros Reginaldo Rodrigues Cabelo. Para separar os veículos funcionários da concessionária que administra o trecho, Renovias, usaram dois guinchos. Duas faixas da rodovias ficaram fechadas por cerca de três horas e pela manhã foram liberadas.
DRAMÁTICO RELATO
Uma trabalhadora que estava presente no ônibus relata o que se passou no momento: “Eu cortei o nariz, estou com marcas roxas nos braços e pernas. Com o impacto todos voaram com a cara no banco da frente. Estou mancando pela dor. Alguns passageiros se machucaram bastante. Alguns quebraram o nariz, os dentes, cortes na boca. Era vidro, sangue e grito para todos os lados. Mantive a calma, pois dois amigos meus estavam no primeiro banco e ficaram com as pernas presas. O povo arrancou os vidros de emergência e saíram do ônibus mas não tive coragem de largar meus amigos lá para que eles não dormissem até que o socorro chegasse. O nosso ônibus entrou literalmente entrou na traseira da carreta. Olhando de fora, parecia um veículo apenas”
OS SINDICATOS
Responsável pelos trabalhadores da Flextronics, o SindMetal Jaguariúna e Região lamentou o ocorrido e está apurando os fatos além de cobrar incisivamente uma postura da empresa. “Se a empresa contrata uma terceirizada para efetuar o transporte, ela é responsável pela segurança dos trabalhadores. Nosso Sindicato está atento ao desfecho desse caso e não é a primeira vez que os trabalhadores reclamam de diversos problemas enfrentados na empresa, inclusive sobre o transporte”, afirmou José Francisco Salvino – Buiú, presidente da entidade. “Estamos analisando as providências a ser tomadas. O mais importante é que acidente igual a este não volte a ocorrer”, sinaliza Buiú, com preocupação e pesar.
Já o Setcamp (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas) abriu ontem sindicância para apurar as circunstâncias do acidente que causou a morte do motorista do ônibus de 49 anos, duas vítimas graves e 20 com ferimentos leves, incluindo o motorista do caminhão.
Todos os feridos foram encaminhados para hospitais e pronto-socorros de Campinas e Jaguariúna. Funcionários da empresa de fretamento acompanham os feridos e prestam todo o atendimento necessário às vítimas e familiares.
Das 22 vítimas, 20 já foram liberadas e estão em suas casas, de acordo com as equipes que acompanham o caso.
“Lamentamos a perda do motorista. Ele tinha 16 anos de empresa, era um profissional exemplar e nunca havia se envolvido em um acidente. O ônibus está com a manutenção em dia. Agora, além da investigação interna, também aguardaremos o resultado da perícia técnica”, afirmou Paulo Barddal, diretor de comunicação do Setcamp.
Fonte: Assecom SindMetal com informações do grupo RAC
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