O Congresso Nacional, união das duas casas legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal), representa todo um histórico de opressões de classe que vem desde o Império em nosso país. É uma casa onde os grandes empresários, latifundiários, rentistas e todos aqueles que representam uma minoria mais rica tem uma representatividade muito superior às classes populares e trabalhadoras do nosso país.
O povo brasileiro, que batalha dura no dia a dia para construir esse país, olha para essas instâncias eleitas com enorme influência do poder econômico e não se vê representado. Não é de se estranhar, então, que, mais uma vez, essas casas, que participam ativamente do Consórcio Golpista liderado pelo PSDB, pelo DEM e pelo PMDB, tenham tomado decisões contra o povo.
A aprovação da Reforma Trabalhista, ontem, no Senado, representa o fatídico fim da CLT. Uma legislação que foi conquistada com muito sangue e suor pela classe trabalhadora foi destruída por uma proposta oriunda de um governo fruto de um golpe e aprovada por um Congresso que declaradamente, através do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), já se declarou como uma instância que não se importa com as opiniões do povo, e sim, com a dos empresários.
Uma reforma que retira direitos, cria situações de insegurança profissional e que não foi discutida pela sociedade só poderia ser implementada por um governo que não passou pelo crivo das urnas e por um congresso mergulhado em escândalos de todo o tipo. Essa reforma, considerada inconstitucional por uma gama de renomados juristas, é aprovada também com o conluio de um judiciário acovardado e cúmplice, que também serve a uma classe que não é a dos trabalhadores e trabalhadoras.
A CTB Rio de Janeiro manifesta todo seu repúdio pela aprovação da Reforma Trabalhista. Saudamos as Senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB), Gleisi Hoffman (PT), Lídice da Mata (PSB), Fátima Bezerra (PT) e Regina Souza (PT) que ocuparam a mesa do plenário do Senado e tentaram, a todo custo, impedir esse crime contra o povo brasileiro. Ao saudá-las, saudamos também todos os 26 Senadores que votaram contra essa medida e não jogaram seus nomes e suas trajetórias políticas no lixo da história como traidores do povo.
Repudiamos, em especial, o senador fluminense, Eduardo Lopes (PRB), suplente do prefeito Marcelo Crivella, que desonrou o povo do Rio de Janeiro e usou da cadeira que obteve no Senado para extinguir direitos e precarizar as relações de trabalho.
Nós, da CTB RJ, seguiremos na luta para reconquistar os direitos da classe trabalhadora. Não aceitamos essa reforma que foi aprovada ontem e iremos, nas ruas, mostrar toda a indignação do povo. Não daremos nenhum dia de descanso ao consórcio golpista, seja qual for seu representante ilegítimo no Planalto.
Essa reforma, não reforma, apenas deforma e somente a unidade da classe trabalhadora com o povo mobilizado nas ruas poderá reverter essa espiral de retirada de direitos que se iniciou com o golpe de 2016.
Por Paulo Sérgio Farias, presidente da CTB-RJ
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) está mobilizando esforços em resposta a um desastre climático no Rio
Leia maisOs diretores do SindMetal marcaram presença no Ato Unificado do 1º de Maio em São Paulo, realizado no estacionamento da
Leia maisSindicato Dos Trabalhadores Nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas E Materiais Elétricos
De Jaguariúna, Amparo, Pedreira, Serra Negra E Monte Alegra Do Sul - Sindmetal